Na história do vestuário, o surgimento do traje de alfaiataria deve ser entendido como o divisor de águas que distingue a roupa moderna da roupa do mundo contemporâneo.
Ao longo da história, o vestuário masculino foi sempre mais avançado que o feminino. Pelo menos até a nossa época. O traje do homem foi sempre plataforma dos avanços tecnológicos têxteis e formais porque sempre apontou as mudanças sociais na imagem do provedor, do guerreiro, do político e do religioso.
O conjunto calça-paletó-camisa, formal ou informal, conhecido como o Terno Masculino, constitui o que conhecemos como alfaiataria, que é composto por uma gama grande de variedades de paletós, calças, camisas, coletes, casacos e gravatas.
O terno esteve inicialmente relacionado ao ofício do alfaiate e à tradição da roupa feita sob medida, à qual era agregada um valor de luxo e requinte que ultrapassava o da boa aparência, valor este que se tornou o maior da cultura masculina contemporânea.
Assim, os avanços tecnológicos da indústria do vestuário foram chamados para participar da preservação da boa aparência do terno masculino, como resposta a algumas fantasias coletivas que até hoje se mantêm no poder.
Os ternos, assim como os carros, são sexy. Foi eleito como o agente apropriado da beleza da força e da sexualidade positiva do homem urbano e por esse motivo introduziu-se a alfaiataria dentro das regras do design de moda, ou seja, um produto manufaturado em série, oferecido no comércio varejista em diferentes tamanhos, formas, volumes e padrões têxteis.